sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Eu Acredito.

Três. Três são os objectivos a que me propus e em certa parte coloquei à equipa, apesar de um deles não lhes ter sido muito explícito.
Hoje soube que o primeiro tinha sido cumprido.
O segundo, dentro da normalidade será concretizado dia 12 de Março.
O mais dificil será o terceiro. É uma tarefa muito complicada, que exige muito trabalho e dedicação até ao dia D, lá para meados de Abril.
Quase pareço o Otávio Machado a falar por meias palavras «Vocês sabem do que eu estou a falar...», ou o guardião dos três segredos de Fátima, mas o segredo neste caso é mesmo a alma do negócio.
Mas nós vamos conseguir. Eu acredito.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Domingo. Mais um dia de chuva. Hoje era um daqueles dias em que o tempo não convidava a sair de casa. Ok, dia de sesta no sofá, de preferência de pijama e roupão, mesmo a vegetar, o que é optimo para recarregar baterias. E se os ultimos tempos têm sido cansativos e stressantes. Acção. Não, não tive nenhuma vontade repentina de gastar energia. A única acção prevista era mesmo mais um (aguardado) episódio do Prision Break, deitado no sofá, claro. Não defraudou as espectativas. Depois chegou o joão pestana, entre o zaping televisivo já com os olhos em sistema 16:9...
Sonhei. Sonhei com o sol, com a praia, com o verão que tanta falta me fazem. Com uma viagem na páscoa para outras paragens onde houvesse calor e novas culturas para conhecer. Onde pudesse fazer uma quebra da rotina do dia-a-dia e afastar-me temporariamente de tudo. Acordei, e a chuva continuava a cair como se todas as nuvens se tivessem lembrado de descarregar mesmo em frente à minha janela. Não fiz um grande esforço por manter os olhos abertos. Claro que adormeci novamente. Mas agora o sonho foi diferente. Sonhei com trabalho. Até numa sesta ao domingo ele não me larga. Sonhei com as aulas atrapalhadas por causa da chuva e as idas para o "galinheiro", com os 1001 papeis que ainda tenho para tratar. Trabalho, trabalho, trabalho. Mais parecia um pesadelo.
Acordei. Agora com a certeza que era de vez. Não podia (ou não devia) passar a tarde toda a dormir no sofá, apesar de ser muito tentador. E a chuva continuava a cair, agora com direito a trevoada e tudo. Um belo espectáculo para ser ver da janela, no conforto do lar. E foi o que fiz durante mais algum tempo. Apenas concentrado nas gotas de água a baterem no vidro. Esquecendo tudo o resto.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Já diz o povo que "a perfeição não existe e eu sou o mais perfeito exemplo disso".
O que é isto de ser um professor perfeito? Mal de mim pensar assim, se o fosse (o que é impossivel) deixava a profissão pois já não havia o mais importante dos objectivos: a PERFEIÇÃO. Parece uma contradição, mas é a mais pura das verdades, trabalho para tentar ser cada vez melhor, principalmente aos olhos daqueles que são a verdadeira razão do ensino: os alunos. Mas o que é para eles o professor perfeito? Não existe. para alguns o professor ainda é uma espécie de ET, tipo os pais, que parecem impedidos de ter uma vida social normal. Alguns alunos ainda ficam admirados por nos encontrarem nos locais mais normais, como no supermecado ou no café, e ser for à noite mais adirados ficam «O professor também sai à noite?» Não, volto depois das aulas no meu ovni para Namek!!! Adiante...
No início do ano lectivo é normal dar aos alunos uns questionários relativo à disciplina e ao modo como a encaram, como foi no ano lectivo anterior, etc. Mas também tem um ponto onde questiono como deverá ser o professor, dando as opções para que as divagações não sejam muitas e onde têm de colocar uma (ou mais) simples cruzinha: Explica bem/Ensina bem □ Justo □ Autoritário □ Compreensivo/Paciente □ Exigente/Rigoroso □ Simpático □ Aparece um pouco de tudo, se bem que o compreesivo/paciente e o simpático liderem. Com o passar do tempo, outras características vão aparecendo como relevantes: rigoroso, imparcial, justo. Lá está, começam a aparecer todo o tipo de características que nem sempre são faceis de adoptar, e ai começa a procura da perfeição. Sim porque conciliar todo este conjunto de características é um esforço quase sobre-humano. É como tentar agradar a Gregos e Troianos.
Uma referência? Será que nos vêm desta forma? É dificil não haver um professor que nos tenha marcado pela positiva. Pela maneira como leccionava, pela maneira simpática como nos tratava, porque era mais "alucinado", porque nos compreendia ao contrário da maioria dos outros professores, porque sabia ouvir. É por aqui que eu me oriento. Tentei "copiar" o que de melhor que cada um me transmitiu. Mas os tempos eram outros, as geração também. Era impossivel manter uma relação que não fosse a rígida professor/aluno/sala de aula. Para além das matérias, pouco mais era transmitido. Houve dois que recordo mais que os outros, porque davam um pouco mais para além das matérias. Mas poderiam ter dado muito mais. E é o que eu achava (e acho) importante, o que me faltou enquanto aluno, que agora tento fazer. Mostrar que para além da pessoa que transmite os conhecimentos, está ali um AMIGO para todas as horas, que também ri e chora, que puxa as orelhas e dá um abraço quando necessário, que ouve e têm sempre uma palavra, que está presente nos bons e nos momentos difíceis, que mostra o melhor caminho (e não o mais curto) para chegar a determinado fim, e claro que percebe que também está sempre a aprender com os alunos. É este o caminho para atingir a já referida (e impossível) perfeição. É para que esta simbiose possa ser o mais perfeita possível que eu trabalho todos os dias. É principalmente pelos meus alunos quase perfeitos, mas que eu gosto tanto, que eu ainda adoro a profissão (difícil) que tenho.

Já é tarde e o texto já vai longo. Amanhã é dia de trabalho. Mais um para me aproximar da perfeição.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Pensamento I

Depois de uma tentativa frustrada de manter um blogue, eis que volto em força (por enquanto) à blogosfera. E nada melhor para iniciar este novo blogue do que com o "meu pensamento inspirador".
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
Fernando Pessoa